Calhou em 1962, ano da crise estudantil que revisito No Pais do Silêncio, ser o meu tio presidente da Associação Académica de Coimbra. O Museu do Aljube entrevistou-o há pouco tempo, como parte do ciclo de tertúlias intitulado “Vidas Prisionáveis” — nas palavras do Museu, um programa destinado a recolher depoimentos de presos políticos do Aljube e de outras prisões políticas da Ditadura Militar e do Estado Novo. Na verdade, o programa vai além destas palavras, porque o meu tio era apenas “prisionável”. Vale a pena ouvi-lo a vasculhar memórias desse tempo e a lembrar a matéria de que era feito.
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