A pandemia virou a vida do avesso. Fez dos planos tapetes e das rotinas cacos. Mas eis que, tal como um copo meio vazio está sempre meio cheio, também os desaires acarinham oportunidades. De modo que, meses mais cedo do que suponha, mais de um ano depois de o ter planeado, aterrei em Lisboa. A viagem menos planeada que já fiz, até ao último momento em vias de não se poder concretizar, decidida depois de perceber que as escolas na Malásia estão longe de ser uma prioridade na reabertura que vai acontecendo. Lembram-se que fazia manguitos? Este foi o maior. Uma autentica satisfação.
Estou cá, portanto. E venho a tempo de contribuir para a divulgação do País do Silêncio, na Feira do Livro de Lisboa e na Festa do Avante — a minha primeira experiência de contacto com um público desconhecido que o leu. Ligeiramente nervosa pelo que vou dizer ou não dizer, por se vai aparecer, esse público, ou não aparecer, por antecipar a transpiração, por cada poro da pele, daquele irritante síndrome do impostor. Mas curiosa, ao mesmo tempo, por saber como são estas coisas que se agarram ao escrever.
Para quem puder ou quiser passar a dizer olá, vou estar na Festa do Avante este Domingo, às duas da tarde, no Auditório da Festa do Livro, e na Feira do Livro de Lisboa na Sexta-feira dia 10, às 19.50, no Auditório Nascente.
Até já!